MULHER É AGREDIDA PELO COMPANHEIRO ATÉ DESMAIAR EM RODOVIÁRIA DA GRANDE NATAL

Rodoviária em São José de Mipibu, onde crime aconteceu. — Foto: Kleber Teixeira/Inter TV Cabugi

Uma mulher foi agredida com socos e chutes e acabou desmaiando após cair a bater a cabeça, na noite desta quarta-feira (2) na rodoviária de São José de Mipibu. Testemunhas acionaram a Polícia Militar, que prendeu o companheiro da vítima ainda no local do crime. O caso aconteceu por volta das 20h no saguão onde passageiros aguardam os ônibus, no terminal.

Segundo a Polícia Militar, ao chegar à rodoviária, a equipe visualizou uma mulher desmaiada e o seu agressor tentando fugir do local.

"Os policiais militares conseguiram impedir a fuga do suspeito e ao realizar a abordagem policial, tomaram ciência que o agressor é o companheiro da senhora que estava caída ao solo e que este, tinha agredido fisicamente com chutes e socos até deixar a vítima inconsciente", informou a PM.

A equipe da PM prestou o apoio à vítima e fez a condução do agressor até a Delegacia Especializada na Defesa da Mulher, onde descobriu que o homem já tinha passagem por outro crimes. Ele foi autuado em flagrante.

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67% TOMARIAM VACINA CONTRA COVID-19; OUTROS 19% REJEITAM, MOSTRA PESQUISA PODERDATA

Pesquisa PoderData indica que 67% da população brasileira “com certeza” tomaria uma vacina contra a covid-19 assim que estivesse disponível. A taxa se manteve estável ante o levantamento realizado cerca de um mês antes, mas caiu quando comparado ao estudo feito de 6 a 8 de julho – quando 85% queriam o imunizante.

O percentual dos que disseram rejeitar a fórmula é agora de 19%, ante 22% na consulta realizada de 26 a 28 de outubro.

Os dados foram coletados de 23 a 25 de novembro, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 479 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.

Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.

O estudo destacou, também, os recortes para as respostas à pergunta sobre a percepção dos entrevistados em relação à vacina. Leia abaixo a estratificação por sexo, idade, região, escolaridade e renda. Ao lado, os percentuais, proporcionais, dos grupos que mais apoiam e rejeitam o imunizante.

Extratificação

Quem mais tomaria

– os que têm 60 anos ou mais (75%);

– os com ensino superior (72%);

– moradores da região Norte (82%);

– os que recebem mais de 10 salários mínimos (98%).

Quem mais rejeita

– os que têm até o ensino fundamental (24%);

– os moradores da região Nordeste (24%);

– os que recebem de 5 a 10 salários mínimos (35%).

Obrigatoriedade

No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo,  João Doria (PSDB),  travam um embate. O tucano quer vacinar obrigatoriamente contra covid-19 toda a população do Estado que comanda. O chefe do Executivo é contra.

A discussão sobre a obrigatoriedade ou não do imunizante será feita, também, no STF (Supremo Tribunal Federal). O ministro Ricardo Lewandowski vai levar diretamente ao plenário 3 ações que discutem o tema e outras medidas profiláticas no combate à pandemia.

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GOVERNO PRORROGA PRAZO PARA RENOVAÇÃO DE CONTRATOS DO FIES

Inscrições para vagas remanescentes do Fies estão suspensas | Jornal Tereré  News

O FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) prorrogou para 31 de dezembro o prazo para a renovação semestral dos contratos de financiamento concedidos pelo Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) do segundo semestre de 2020. Os aditamentos dos contratos deverão ser feitos pelo sistema SisFies.

A medida prorroga o prazo foi publicada nesta terça-feira (3) no Diário Oficial da União. A portaria vale para contratos simplificados e não simplificados.

No caso de aditamento não simplificado, quando há alteração nas cláusulas do contrato, como mudança de fiador, por exemplo, o aluno precisa levar a documentação comprobatória ao banco para finalizar a renovação. Já nos aditamentos simplificados, a renovação é formalizada a partir da validação do estudante no sistema.

Os contratos do Fies devem ser renovados semestralmente. O pedido de aditamento é feito inicialmente pelas instituições de ensino e, em seguida, os estudantes devem validar as informações inseridas pelas faculdades no SisFies.

Inicialmente, o prazo seria até 31 de outubro, para contratos assinados até dezembro de 2017. No entanto, esse prazo foi sendo esticado com o passar dos meses. Os contratos do Novo Fies, firmados a partir de 2018, têm prazos definidos pela Caixa Econômica Federal.

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BRASIL REGISTRA 5.698.353 PESSOAS CURADAS DA COVID-19

O Brasil registrou nesta quarta-feira (2), mais 41.855 pacientes recuperados do coronavírus, totalizando 5.698.353 pessoas curadas da doença.

O número de pessoas curadas já representa 88,5% do total de casos acumulados.

A quantidade de pessoas curadas no Brasil é mais de dez vezes superior ao número de casos ativos (563.782), que são os pacientes em acompanhamento médico.

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MINISTRO ASSINA ORDEM DE SERVIÇO PARA RECUPERAR BARRAGEM NO RN: R$ 11 MILHÕES

O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, assinou na manhã desta quinta-feira (03) a ordem de serviço para o início da segunda etapa das obras de recuperação da Barragem Passagem das Traíras. A solenidade ocorreu no município de Jardim do Seridó. O projeto será executado pelo Dnocs e receberá investimento federal de R$ 11,1 milhões. A estimativa é que 750 mil potiguares sejam beneficiados.

O evento contou com a presença do presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira (PSDB), do prefeito de Jardim do Seridó, Amazan, dos deputados federais Benes Leocádio (Republicanos) e Beto Rosado (PP), e do deputado estadual Tomba Farias (PSDB). 

Após o evento em Jardim do Seridó, a comitiva segue extensa agenda pelo Estado. Na sequência, Rogério Marinho vai à cidade de Acari para o lançamento da pedra fundamental do Centro de Produção e Eventos – Cidade da Moda. O empreendimento vai receber aportes federais de R$ 19,7 milhões, dos quais R$ 957 mil já foram repassados para a elaboração do projeto técnico. A previsão é que o empreendimento beneficie 3 mil pessoas diretamente.

Em Jucurutu, o ministro visita as obras da Barragem Oiticica. Durante a agenda, será anunciada a liberação de R$ 40 milhões para a continuidade das obras do empreendimento. A obra está orçada em R$ 547,9 milhões, sendo R$ 530,9 milhões em recursos do Ministério do Desenvolvimento Regional. A obra está com 86% de execução física e atenderá 250 mil habitantes nas regiões do Seridó, do Vale do Açu e da Região Central do Rio Grande do Norte.

No fim da tarde Marinho participa da abertura do Fórum de Desenvolvimento do Semiárido 2020, em Mossoró. O evento, que conta com organização da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), tem como tema oportunidades de investimento na região.

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PIB CRESCE 7,7% DO SEGUNDO PARA O TERCEIRO TRIMESTRE, DIZ IBGE

O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma dos bens e serviços finais produzidos no país, cresceu 7,7% no terceiro trimestre, em relação ao período anterior. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou, hoje (3), os números das Contas Trimestrais, essa é a maior variação desde o início da série em 1996, mas ainda insuficiente para recuperar as perdas provocadas pela pandemia. O resultado indicou ainda que a economia do país se encontra no mesmo patamar de 2017, com uma perda acumulada de 5% de janeiro a setembro, em relação ao mesmo período de 2019.

Na comparação com o mesmo trimestre de 2019, o PIB, apresentou recuo de 3,9% e, em valores correntes, chegou a R$ 1,891 trilhão. Desse valor, R$ 1,627 trilhão em Valor Adicionado a Preços Básicos e R$ 264,1 bilhões em Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios.

Para a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, o crescimento ocorreu sobre uma base muito baixa, quando o país estava no auge da pandemia no segundo trimestre. “Houve uma recuperação no terceiro, contra o segundo trimestre, mas se olharmos a taxa interanual, a queda é de 3,9% e no acumulado do ano ainda estamos caindo, tanto a Indústria quanto os Serviços. A Agropecuária é a única que está crescendo no ano, muito puxada pela soja, que é a nossa maior lavoura”, disse.

No terceiro trimestre a Indústria cresceu 14,8% e os Serviços subiram 6,3%. Já a Agropecuária registrou queda de 0,5%. De acordo com o IBGE, a expansão do PIB no período foi causada, principalmente, pelo desempenho da Indústria, com destaque para o crescimento de 23,7% no setor de Transformação. Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos também cresceram (8,5%), como a Construção (5,6%) e as Indústrias extrativas (2,5%).

“Olhando pela ótica produtiva, o destaque foi a Indústria de Transformação, até pelo fato de ter caído bastante no segundo trimestre (-19,1%), com as restrições de funcionamento. A Indústria cresceu como um todo 14,8%, e a de Transformação 23,7%, mas voltamos ao patamar do primeiro trimestre”, observou Rebeca.

Serviços

O setor de Serviços, que foi destaque no resultado e têm o maior peso na economia, registrou alta em todos os segmentos: Comércio (15,9%), Transporte, armazenagem e correio (12,5%), Outras atividades de serviços (7,8%), Informação e comunicação (3,1%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (2,5%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,5%) e Atividades imobiliárias (1,1%).

A coordenadora lembrou que o setor caiu 9,4% no segundo trimestre e agora avançou 6,3%, mas ainda não recuperou o patamar do primeiro trimestre. A explicação é que houve uma queda tanto na oferta quanto na demanda. “Mesmo tendo sido retiradas as restrições de funcionamento, as pessoas ainda ficam receosas para consumir, principalmente os serviços prestados às famílias, como alojamento, alimentação, cinemas, academias e salões de beleza. O desempenho melhorou em relação ao segundo trimestre, mas ainda não voltou aos patamares antes da pandemia”, apontou.

Agricultura

A variação negativa de 0,5% na Agricultura foi consequência de um ajuste de safra. “O destaque é o crescimento de 2,4% no acumulado do ano, ante uma queda de 5,1% da Indústria e 5,3% dos Serviços”, informou.

Consumo das famílias

Rebeca observou ainda que o consumo das famílias (65%) - o que mais pesa pela ótica da despesa -, teve expansão de 7,6%, resultado que é muito parecido com o do PIB. O indicador havia caído 11,3% no segundo trimestre, mas no terceiro, o consumo de bens subiu bastante, especialmente, bens duráveis e bens alimentícios da cadeia agroalimentar. “O consumo de serviços teve crescimento, mas foi bem menor do que a queda anterior, pois as famílias não voltaram a consumir no patamar anterior à pandemia”, indicou.

Investimentos

Os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo) subiram 11%, mas neste caso também, o desempenho está relacionado à base de comparação com o segundo trimestre em que havia caído 16,5%. “No acumulado do ano, a queda é de 5,5%. E o país ainda tem investimento em equipamentos importados e como o dólar está alto, influencia para baixo”, afirmou a coordenadora.

 

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CÂMARA APROVA MP QUE DESTINA R$ 2 BI PARA VACINA DE OXFORD CONTRA A COVID-19

Votação de propostas. Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia

Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (2) a Medida Provisória 994/20, que abre crédito extraordinário de R$ 1,995 bilhão para viabilizar a compra de tecnologia e a produção da vacina de Oxford contra o novo coronavírus. A MP será enviada ao Senado.

O dinheiro vai custear contrato entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde, e o laboratório AstraZeneca. A empresa desenvolve uma vacina contra Covid-19 em parceria com a Universidade de Oxford, no Reino Unido.

Os recursos virão da emissão de títulos públicos (operações de crédito). Do total, R$ 1,3 bilhão corresponderá à encomenda tecnológica. Bio-Manguinhos – a unidade da Fiocruz produtora de vacinas – receberá investimentos de R$ 522 milhões.

A MP foi aprovada sem emendas com parecer favorável da relatora, deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO). “O Brasil sempre desenvolveu essas campanhas de vacinação e temos institutos muito competentes no País. Esperamos ter ajuda do governo federal e do Ministério da Saúde para a aplicação de outras vacinas”, afirmou a relatora.

A vacina de Oxford está em fase de testes com voluntários no Brasil e em outros países. Caso a eficácia seja comprovada, o Brasil pretende produzir 100 milhões de doses, com previsão de distribuição da vacina por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) até o final do primeiro semestre de 2021.

Vacinas em fevereiro
Ao participar nesta quarta-feira de audiência da comissão mista que acompanha as ações de combate à pandemia, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que poucas vacinas atendem às necessidades do Brasil. De acordo com o ministro, o governo monitora de perto 11 vacinas que estão na fase 3 de testes (a última etapa) e já se reuniu com seis fabricantes. Mas, segundo ele, um número ainda menor deve se mostrar viável para o Brasil no curto prazo.

Pazuello voltou a dizer que o País tem acordo de compra de 100 milhões de doses da vacina da AstraZeneca para o primeiro semestre de 2021, sendo que 15 milhões chegam até fevereiro.

Outras 42 milhões de doses poderão ser adquiridas do consórcio Covax Facility, que deve reunir várias vacinas, entre elas a chinesa Coronavac. Mas o ministro lembrou que qualquer vacina terá que ter a chancela da Anvisa antes de ser comprada. A ideia é produzir no Brasil mais 160 milhões de doses da vacina da AstraZeneca no segundo semestre.

O ministério divulgou os grupos prioritários para a vacinação em quatro fases. A primeira terá trabalhadores da saúde, pessoas com mais de 75 anos e população indígena. A segunda, pessoas com mais de 60 anos. A terceira, pessoas com comorbidades. E a quarta, professores, segurança pública e salvamento, além do sistema prisional.

Debates em Plenário

A relatora da MP, deputada Mariana Carvalho, afirmou que a aprovação da medida “traz esperança e renovação para que possamos voltar a nos abraçar, a ter convivência e, acima de tudo, condição de salvar vidas no nosso País”.

O deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) destacou que o investimento na vacina de Oxford é resultado da atuação da comissão externa criada pela Câmara dos Deputados para acompanhar as ações de combate ao novo coronavírus, que visitou a Fiocruz. Para ele, a vacina que for eficaz deve ser oferecida a toda a sociedade. “A vacina é o assunto que gera mais expectativa, o mais importante do momento, e é preciso que ela seja oferecida para todas as pessoas”, disse.

A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) destacou que a oposição abriu mão da obstrução para acelerar os investimentos em vacina. “Uma vacina que o presidente Bolsonaro diz que não deve ser obrigatória, desconsiderando a virulência e a mortalidade do vírus”, afirmou.

O deputado Marcelo Freixo (Psol-RJ) afirmou que a votação da proposta mostra que os partidos fazem oposição com responsabilidade e chamou atenção para o aumento do número de infecções no País.

 

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PF DEFLAGRA OPERAÇÃO CONTRA TRÁFICO DE DROGAS NO RN E EM MAIS 6 ESTADOS

Pf deflagra operação contra tráfico de drogas no rn e em mais 6 estados

Polícia Federal (PF) e Polícia Militar da Paraíba deflagraram nesta quinta-feira, 3, a Operação Residence, visando a desarticulação de um grupo de traficantes que atuam dentro e fora de presídios.

De acordo com a PF, 38 mandados de prisão preventiva e 23 mandados de busca e apreensão estão sendo cumprido, bem como ordens judiciais de bloqueio de valores depositados em contas correntes, a pedido do Juízo de Direito da Vara de Entorpecentes da Comarca de João Pessoa (PB).

Cerca de 260 policiais participam das ações deflagradas nos estados da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraná, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Roraima.

Segundo os agentes, as apurações tiveram início na “análise dos elementos de prova colhidos durante a investigação do grupo criminoso que utilizava um quarto na Residência Universitária da Universidade Federal da Paraíba como base de armazenamento e distribuição de drogas para a Paraíba e estados vizinhos”.

A partir da investigação foi possível identificar “toda a estrutura criminosa do grupo no estado”, segundo informou a PF. Os investigadores identificaram “uma grande rede formada para cometer crimes e revelou o plano de expansão de tal facção criminosa, mediante a realização de disputas violentas com grupo rival por pontos de comércio de entorpecentes, objetivando um domínio territorial para fins de monopolizar o tráfico de drogas na Paraíba”.

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PORTO DO MANGUE REAPARECE COMO NOVO PROJETO ECONÔMICO PARA O RN

Porto do mangue reaparece como novo projeto econômico para o rn

Doze anos depois de figurar entre os grandes sonhos logísticos do RN, a construção de um terminal portuário para escoar a produção do estado, no município de Porto do Mangue, foi ressuscitado esta semana.

Como no passado, os planos são ambiciosos: ampliar o volume de itens exportados pelo Estado, aumentar a competitividade, atrair investidores e viabilizar a produção offshore de energias renováveis. A fixação que diferentes governos estaduais têm num terminal no Porto do Mangue não é nova.

Durante os dois governos consecutivos de Wilma de Faria (2003/2010), a ideia foi reforçada especialmente no segundo mandato, a partir do então secretário de Planejamento, Vagner Araújo. Com o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no segundo governo Lula, a iniciativa abriu possibilidades para a criação de um plano idêntico na esfera estadual, que reuniria hipotéticos R$ 16 bilhões, maior parte oriunda de investimentos privados.

É claro que nada disso saiu do papel. Nem o porto do Mangue, nem os campos de golfe e os resorts para se beneficiar de um grande fluxo turístico internacional que só estava na cabeça de alguns políticos e empresário normalmente associado aos primeiros.

Esta semana, a ideia de ressuscitar a construção de um novo porto contra todas as expectativas geradas pela conjuntura política e pelo coronavírus, que acenam para um agravamento da crise econômica em 2021, voltaram a adornar as imaginações.

Na última segunda-feira, na Casa da Indústria, um encontro entre o presidente da Fiern, Amaro Sales; o deputado federal Benes Leocádio; o diretor do Grupo Bi Energia, Lucio Bomfim, e os secretários estaduais Jaime Calado (Sedec/RN) e Gustavo Rosado (SIN/RN), voltaram a mostrar que o apetite para a imaginação não se esgota, mesmo sob condições extremante adversas.

Ancorado no programa Mais RN, criado pela Fiern para abraçar todos os planos desenvolvimentistas do Estado, Amaro Sales recorreu ao velho mantra de explorar os potenciais e destravar gargalos, como o de escoamento da produção.

Lembrou que o Mais RN, agora detentor de uma versão digital, reúne um generoso acervo de informações e estudos técnicos para subsidiar investidores interessados em empreender no Rio Grande do Norte.

“O Mais RN não pertence mais a Fiern, passou a ser de toda sociedade. E, ao contemplar todas as matrizes de desenvolvimento econômico, oportunidades e desafios, o projeto dispõe de uma base sedimentada para orientar investidores e ações públicas em diversas áreas”, afirmou.

Foi oportunidade para todos os participantes do encontro venderem os seus peixes. O secretário estadual de Infraestrutura Gustavo Rosado afiançou que, por meio da SIN e da Sedec, o governo trabalha para viabilizar o novo terminal portuário do Estado.

“A ideia é aproveitar uma falha geológica identificada no entorno do município de Porto do Mangue, no litoral Norte Potiguar, para a construção da estrutura que irá movimentar cargas de sal, fruticultura irrigada, minérios, além de atender a indústria petroleira e de energias renováveis offshore”, afirmou.

Lembrou que está em curso um projeto de cooperação técnica em parceria com a UFRN para levantar a viabilidade técnica, financeira e ambiental do projeto. “Este novo terminal poderá mudar ou dividir o eixo de desenvolvimento do estado”, proclamou.

Já Jaime Calado, secretário de desenvolvimento econômico, ponderou ainda que mais do que um porto graneleiro, a proposta é também atender as demandas da indústria de petróleo e gás, energias eólica e solar da região.
“É um projeto de um porto-indústria de petróleo e energias”, garantiu.

Antecipou que, para tanto, já foi criado Grupo de Trabalho com setores do governo, empresas e academia. E que o Estado tem ainda a vantagem de possuir mão de obra qualificada em setores estratégicos como Petróleo, Gás e Energias Renováveis, formada pelo SENAI/RN e CTGAS-ER.

O deputado Benes Leocádio deu sua contribuição possível ao mosaico, ressaltando a importância de atrair novos investidores e realizar parcerias público-privadas para a construção do equipamento de forma a viabilizar investimentos importantes para o RN.

Durante o encontro, o diretor da BI Energia, uma holding de empresas italiana e belga, que atuam em geração de energia renovável por meio de parques eólicos offshore e dragagem de portos (portanto, parte interessada) vendeu seu negócio.

Lucio Bonfim fez uma breve apresentação da empresa, que se propõe a ser a primeira no País a implantar um Parque Eólico Offshore na costa brasileira. É mais uma vez ver para crer.

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PRESIDENTE DO PT NO RN DEFENDE FRENTE AMPLA ESQUERDA PARA 2022

Presidente do pt no rn defende frente ampla esquerda para 2022

Presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) no Rio Grande do Norte, o ex-deputado estadual Júnior Souto acredita que a composição de uma frente ampla composta por partidos de esquerda é o caminho para vencer a disputa presidencial de 2022 e derrotar o que classificou como “governo neoliberal e de aspiração fascistas” – em referência ao presidente Jair Bolsonaro.

Apesar da redução no número de prefeituras conquistadas pela esquerda em todo o País em 2020, Souto defende o protagonismo da sigla que integra e acredita que o legado construído nos governos dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff pode aumentar a projeção do partido.

Para tanto, o ex-deputado reconhece que é necessário investir em comunicação assertiva para combater o que, segundo ele, é o maior ataque a um partido de esquerda no mundo ocidental.

Na avaliação de Júnior, o PT apresentou crescimento no Rio Grande do Norte nas eleições de 2020. Foram três prefeitos eleitos, ante dois em 2016, muito embora agora o partido tenha o controle do Governo do Estado, com Fátima Bezerra. O número de vereadores também aumentou, passando de 36 para 47 filiados (+30%).

Nesta entrevista exclusiva ao Agora RN, Júnior Souto afirma que o PT tem passado por um processo de renovação, e que os eleitos no RN comprovam esse comportamento.

Além disso, ele avalia a atuação do senador Jean Paul na corrida pela Prefeitura do Natal, comenta sobre a reeleição de Fátima Bezerra e analisa o comportamento bolsonarista no Brasil.

Confira a entrevista:

AGORA RN – Como o senhor avalia o resultado do PT nas eleições de 2020?
JUNIOR SOUTO –
 Nossas expectativas eram maiores que os resultados alcançados, especialmente quando consideramos as dimensões que o PT tem. Nós tínhamos a expectativa de realizar um grande debate em torno de um projeto alternativo para crise que o Brasil vive desde a instalação do governo neoliberal e de aspiração fascistas.

Mesmo não elegendo prefeitos em capitais, tivemos crescimento nas 70 maiores cidades em número de eleitores do Brasil. Isso tem valor e nos permite fazer projeções, além de refletir e reorganizar a nossa estrutura para continuarmos nos colocando como uma opção para os trabalhadores.
Essa é o caminho que temos para superar o fascismo e reconquistar o desenvolvimento de políticas públicas, garantia de direitos sociais, valorização do salário, direito ao trabalho e retomada do protagonismo brasileiro no plano internacional.

Tudo isso continua no centro de nossas preocupações. Vamos continuar a fazer o esforço de recolocar o partido no debate funcional, até porque em nenhum outro país do ocidente se teve tanto ataque a um partido de esquerda, como aconteceu com o PT. Precisamos mudar isso.

AGORA RN – Como recuperar, então, a imagem do partido?
JUNIOR SOUTO –
 Temos várias direções, mas eu vou destacar duas. Primeiro, precisamos voltar a discutir a melhor forma de comunicar e de continuar a lembrar a sociedade de todos os benefícios e avanços sociais que conquistamos no Brasil durante os governos de Lula e Dilma. Temos que discutir cada vez mais, e melhor, como a gente torna isso conhecido. Temos que insistir contra toda onda de articulação que busca apagar todos os ganhos que tivemos, como amplo emprego, protagonismo internacional, crescimento industrial, diminuição das contas públicas e distribuição de renda. Temos que lembrar desse legado popular.

O outro, por sua vez, é a necessidade de reconstruir os laços que o partido sempre teve com os movimentos populares e lideranças sindicais. É preciso discutir de que modo fazer isso, e essa tarefa temos que realizar a curto prazo.

AGORA RN – Como avalia o desempenho do senador Jean Paul na disputa pela Prefeitura do Natal?
JUNIOR SOUTO – 
Queríamos ter ido para o segundo turno. Entendemos que é um desejo político que não alcançamos. Mas há um reconhecimento do grande trabalho de Jean Paul, principalmente por causas dos desafios que a pandemia impõe, como fazer campanha de máscara e não ter uma interação mais aberta com a população. Isso limitou bastante, mas ao mesmo tempo mostrou a qualificação que ele tem para fazer os debates nacionais e locais, além da propriedade e conhecimento técnico.

AGORA RN – Associa o resultado de Jean à resistência que Natal tem ao PT?
JUNIOR SOUTO –
 Natal, há muitos anos, tem tido uma resposta muito dura ao PT. Eu fui candidato em 1992, Fátima foi candidata outras vezes. Temos feito esse esforço, nos questionando e nos desafiando a entendermos melhor esse comportamento. Mas isso se deve a formação política e cultural da nossa cidade.

AGORA RN – Como avalia a expressiva votação de Divaneide e a chegada de Brisa para a Câmara Municipal de Natal?
JUNIOR SOUTO –
 É um resultado extremamente animador para todos nós. É um processo que está em curso. Elas são representativas e apresentam uma nova forma de fazer política. Vamos apostar nesse elemento. Inclusive, as eleições municipais em todo RN reforçam o processo de renovação do PT.

AGORA RN – Analisando o cenário nacional, o resultado do partido em 2020 preocupa para 2022?
JUNIOR SOUTO –
 As eleições são muito conjunturais. Nós temos um problema seríssimo de desemprego no Brasil, que cresceu nos últimos anos. Além disso, há o desapontamento de parcela da sociedade com a política, que ficou evidente com a derrota das candidaturas com projetos bolsonaristas. O discurso de ódio, fala monocromática de corrupção e uso da religião voraz não foram capazes de mobilizar a população, porque ficaram evidente que esses compromissos são falsos. As razões por trás desse “discurso moral” são defesas do interesse do capital, a exemplo das reformas trabalhistas e previdenciária.

Os direitos sociais, por outro lado, terão força nas eleições de 2022. A experiência dessas forças autodenominadas como Centrão, que saíram dessas eleições com resultado mais expressivo de eleitos, é resultado das fugas aos debates e omissão das reais pretensões.

Por isso, acreditamos que o próximo pleito terá alguns efeitos do que aconteceu agora, mas não será uma relação direta, pois teremos muitas negociações, retomada da economia, reflexo mundial da pandemia, por exemplo. Isso, somado às situações de penúria que as pessoas estão vivendo, vai favorecer um grande debate nacional. Aí, as velhas forças que se julgaram vitoriosa vão ter que apresentar proposições sem fugir dos debates.

AGORA RN – Mas o número de eleitos em 2020, de modo específico, prejudica a base do partido para próxima eleição?
JUNIOR SOUTO –
 A conjuntura define muito esses alinhamentos. Traduzindo isso para o RN, Wilma de Faria ganhou uma eleição para o governo estadual em que um iniciou a campanha com o apoio de sete prefeitos. Desde então, os candidatos de partidos que têm maior quantidade de prefeitos sofrem derrota.

As eleições municipais não estão, necessariamente, alinhadas com as federais. A realidade das pessoas do interior, por exemplo, permite um voto mais livre para as campanhas majoritárias. Não podemos fazer projeções mecânicas de que essa eleição vai se repetir daqui a dois anos. O resultado inverso, inclusive, pode acontecer. Quem tiver maior base, pode ter um resultado adverso. No RN tem acontecido assim.

Além disso, temos um conjunto de indicadores que nos apresenta boas condições. Temos presença expressiva em número proporcional nas Câmaras, no Senado e nas pesquisas com eleitores sobre preferência e confiança em partidos políticos no Brasil. Resultados que não desaparecem em razão dos resultados municipais. Em 2020 teve uma atualização do quadro, mas ela não é determinante. Temos muitos elementos a considerar e o PT continua sendo fundamental.

AGORA RN – Dessa forma, é possível garantir que haverá uma frente ampla da esquerda em 2022?
JUNIOR SOUTO –
 Não tenho dúvidas que precisamos construir uma frente capaz de varrer o fascismo do Brasil. Ao olhar para trás e ver que fizeram o impeachment de Dilma, colocando o país em um aventura que gerou uma crise profunda, somente para emergir um discurso de ódio, que curiosamente apresenta apelo à violência e aos valores religiosos, é lamentável. O Brasil precisa superar essa experiência. E nós queremos trabalhar para superar por meio de programas que garantam direitos sociais, ao contrário do que tem feito o atual governo federal, e como fez Temer, com o apoio fundamental do Centrão. Precisamos debater para que as forças de esquerda e democráticas consigam construir um bloco capaz de derrotar o fascismo e a agenda neoliberal perversa.

AGORA RN – Os resultados deste ano ajudarão Fátima em 2022?
JUNIOR SOUTO –
 Nós tivemos uma base significativa de prefeitos aliados do governo que venceram este ano. O que resta é a habilidade de manter um grande bloco, e isso a governadora Fátima já mostrou que tem. O RN foi o último estado nordestino a romper com a tradição de perfil oligarca. Fizemos isso em um momento bastante delicado, de crise econômica. O estado se viu diante de uma gravíssima crise orçamentária, herança de governos passados, que praticavam patrimonialismo.

A governadora Fátima faz um grande esforço para retomar a competitividade do estado que foi perdida, especialmente nessa agenda tributária. O governo tem dado mais garantia e segurança jurídica nessa área viabilizando orçamento, valorizando servidores com pagamento e tentado recuperar a capacidade de investimento.

Essa é a governadora que tem trabalhado tanto, incansavelmente, e que atravessou esse período de pandemia, talvez comentando o pecado de não fazer uma boa comunicação sobre o grande legado que está deixando para o RN da estrutura que foi implantada na saúde. Coloco o estado potiguar em destaque em implantação de leitos no país.

AGORA RN – Quais os desafios para campanha de 2022?
JUNIOR SOUTO –
 Estamos de acordo para enfrentar 2022, mas, por enquanto, a governadora tem que olhar para o momento em que os casos de Covid-19 retomam com frequência, desafiando novamente a capacidade do estado de responder. O desafio é maior quando não se conta com a presença efetiva do governo federal em um momento delicado.
Mas adianto que crescemos proporcionalmente, o que permite ao PT construir um conjunto de alianças que coloca de forma muito expressiva a atual governadora na política estadual.

AGORA RN – Como avalia o governo de Bolsonaro?
JUNIOR SOUTO – 
O bolsonarismo é reflexo de uma cultura presente no Brasil. Inclusive, vamos ter longos anos de enfrentamento com essa coisa que emergiu, de forma odiosa. O presidente defende valores fundamentalistas, discurso moralista, negação de debate político e apresenta soluções para os conflitos sociais pela via da violência, utilizando expressões como bandido bom é bandido morto. Esse discurso de violência, na verdade, compõe elementos dos discursos do fundamentalismo religioso que estão a serviço do grande capital.

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